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quinta-feira, 22 de abril de 2010

O não tão aclamado regresso

Quatro meses passados e volto então a escrever para este meu blogue.

Em primeiro lugar, quero pedir desculpa aos meus leitores (se é que os há), por não ter escrito nada neste lugar de culto em quatro meses.

Por fim regresso, e em grande (mas não muito!), com a promessa de que voltarei a escrever regularmente, não prometo um dia especial para tal facto, mas prometo escrever e ter textos novos.

Apercebendo-me de que este regresso é um momento de grande comemoração e festa para muitos (pelo menos para mim e para o meu amigo imaginário chamado “Vasco”), deixo já aqui um texto que escrevi durante uma altura de grande inspiração:

Cavalgando ferozmente, por entre imensos locais e localidades também ferozes, entre os quais Santa Comba Dão e o Casal do Cotão, Óscar Pacheco consegue finalmente chegar a uma bomba de gasolina, próxima de Figueiró dos Vinhos, onde o gasóleo é um cêntimo mais barato por litro que em qualquer outro lugar neste país.

Enquanto rejubilava por ter encontrado combustível que não afectasse tanto o bolso, Óscar Pacheco, aquele a quem chamam de o “índio danado”, nem sabe o que está a trás de si, trata-se de um urso polar com um ar ameaçador e óculos de sol, que vai afiando as suas garras.
Nada pode agora salvar Óscar Pacheco.

Por volta das sete da tarde, Óscar Pacheco regressa a casa ainda a tempo de jantar uma boa açorda de gambas, afinal o urso polar apenas queria papel para limpar as suas garras que estavam sujas de ter estado a mudar o óleo de uma Ford Transit de mil novecentos e noventa e cinco com cerca de trezentos mil quilómetros.

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