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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Não estudes, não Filho, que vais para Médico!

Ai os jovens de hoje em dia! No meu tempo as coisas não eram como são hoje (devo esclarecer que, para escrever este texto, necessitei de envelhecer 30 anos num espaço de 15 dias; de tirar um curso superior de 15 minutos na Universidade Independente, e lançar-me afoita e imprudentemente numa carreira).

Nos tempos em que eu ainda acreditava no Pai Natal e aguardava no meu sono pela moedinha da Fada dos Doentes, nunca tive a hipótese de ter um Magalhães debaixo da almofada ou da árvore (felizmente…).

Nos meus tempos de escola ninguém era sujeito a exames por ter faltas justificadas. Ai os jovens de hoje em dia! Até depois de fenecerem são obrigados a adquirir conhecimentos através da escola para não chumbarem… e ainda se queixam! E já fazem as suas greves e protestos! É de pequenino que se torce o pepino, diz-se. E com tanto protesto, estes jovens ainda se hão-de filiar no PCP. Ai os jovens de hoje em dia! Ainda acabam por exigir um sindicato dos alunos para depois poderem debater os modos mais judiciais… perdão… radicais que existem para irem de encontro ao achincalhamento dos professores.

De tudo se queixam os jovens de hoje, nada está bem para eles. Os professores marcam-lhes trabalhos para casa e eles : “Era matá-los!” ou “Faça você! Eu tenho de ir para o Messenger enquanto falo através do TAG com 50 colegas, 22 amigos e 4 personagens que ainda não conheço!”.

Mal sabem os jovens que proferem estas injúrias que estes (escrito na gíria escolar) TPC’s ainda os vão ajudar no futuro. Se é que eles querem ter algum futuro. À medida que eles, entre guerras com professores por causa de telemóveis, intermitentemente vão estudando qualquer coisinha, ainda chegam a um miserável curso de Medicina. Ah pois é! Se não estudarem, esquecem o futuro de trolha ou, socialmente correcto, de servente. Sem médias de 19 valores não há cursos de Introdução a Baldes de Massa para ninguém! Portanto, se não conseguem essas notas, esqueçam… Vão para médico e é se querem ganhar algum dinheiro para poderem sustentar uma futura família.

Ai os jovens de hoje em dia! Quando acham que algo está mal, apenas porque têm que ir jogar World of Warcraft enquanto partem as paredes do quarto devido à frustração da derrota, protestam logo e levantam a voz como se as pessoas os conhecessem ou fossem pais deles. Ai, estes jovens! Quando estão deveras arreliados atiçam ovos à Ministra da Educação! Isto hoje não há respeito por ninguém, e quando não se tem a média para entrar para um Call Center atiram-se as culpas à Ministra (acompanhando os ovos!)!

O comportamento dos jovens de hoje é um desrespeito para com o trabalho do nosso José Sócrates. Senão fosse ele, vocês jovens, jamais poderiam ter acesso ao Magalhães! E sem o Magalhães era Medicina convosco, qual espectacular vida de trolha ou de atendedor de chamadas!

Não admira que com o vosso esforço e empenho na escola depois tenham de ir trabalhar como trolhas para Espanha, desculpando-se pelo facto de a média portuguesa ser mais elevada.

Nem sabem a sorte que têm! Eu com a 4ª classe, só consegui ser engenheiro de foguetões, mas era preciso doutoramento para ir para uma empreitada, e no meu tempo o estado não nos apoiava nem nos dava Magalhães!

Desde sempre que digo ao meu filho: “Não estudes, não Filho! Senão ainda vais para Médico!”

E o sonho dele é ganhar o IBM World Trolha. Mas coitado, nem força tem para levantar uma mísera pazita de cimento!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um país melancólico

País grandioso este em que vivemos… Perdão julguei que estava no século XV! Século esse que foi quando começámos a descobrir o mundo e nos tornámos uma potência mundial da época. Hoje em dia, infelizmente, somos nós que lutamos para que o mundo nos descubra.

Ao longo dos séculos essa força foi-se perdendo até chegarmos ao dia de hoje em que praticamente estamos esquecidos na ponta oeste da Europa, servindo apenas como porto para alguns países.

Ideais, decisões, revoluções e guerras que não passavam de meros enganos empurraram-nos para o poço no qual nos encontramos hoje, e durante muito tempo enquanto outras sociedades se desenvolviam, nós tornávamo-nos mais retrógrados apenas guardando na memória a grandiosidade dos tempos das conquistas e descobrimentos, tentando perceber como voltar a ter essa glória mas nunca a conseguindo de volta.

Do modo como as coisas se encontram hoje penso que a nossa história é a única razão de união entre os portugueses, é por ela que dá gosto dizer: “Sou português!”.

Mas, infelizmente, se tivéssemos que descrever o nosso país, os principais tópicos seriam: crise, desemprego, maus salários, precariedade, más reformas, preços altos, impostos em demasia, burocracia, regulamentos desnecessários, corrupção, roubo, entre outros.

O Governo sempre refere que os portugueses têm de fazer e fazem muitos sacrifícios, mas, isso é algo fácil de dizer, principalmente para quem tem ordenados dez vezes superiores (ou mais) ao salário mínimo que inconcebivelmente nem chega a um valor de quinhentos euros. Quem realmente se governa com esse mísero ordenado mínimo merecia com certeza um melhor Governo, mas ele apenas se preocupa com o bem-estar dos amigos.

É também verdade que o povo português vive muito das queixas e de dizer que “está muito mal” ou “deviam ser presos”, e quando chega a altura de mudarem o rumo desta jangada, que em tempos foi grande, cometem erros antigos, afogando-se ainda mais e voltando a culpar o “outro”. Sim, isso é algo que os portugueses devem de evitar e lutar contra. Que se queixem, revoltem, protestem, está no vosso/nosso direito, mas por favor que tenham razão nesses momentos e se tiverem soluções não tenham medo de falar e pronunciem a vossa ideia, Portugal somos Nós, e Nós vivemos numa sociedade livre!
Estamos a precisar de mudança, precisamos de chamar o Mundo para Nós, precisamos que eles nos encontrem e Nos necessitem, basta de nos escondermos por entre os fantasmas dos descobrimentos! Em tempos fomos grandes, sejamos outra vez!

Por três vezes o mundo gritou e perguntou: Quem sois vós?

E por três vezes nós respondemos: Somos Portugal!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A finita vida

Não sei se a descrição deste jovem autor será do vosso acordo, mas para ele a vida é confusa, ou confusa será também a sua descrição, pois não é possível descrevê-la mas, é sim possível atribuir-lhe significados.

Se ela fosse uma figura humana teria tantos sentimentos que não seria capaz de distinguir nenhum deles, ela é friamente indecisa.

Temos tantos modos de a viver embora a terminemos da mesma maneira. É finita.

A vida é caprichosa ou será ela um capricho? Talvez seja o nosso próprio capricho, fantasia dos nossos sonhos, talvez fruto da nossa imaginação.

Com certeza que será símbolo da nossa veleidade, sendo a vida a própria vontade de viver, a nossa ambição, mas quem nos confirma isso? Não podemos perguntá-lo a quem já pereceu.

No meu longo percurso ainda por percorrer por entre as linhas da vida ser-me-á difícil perceber se a vida é um bom augúrio ou se um mero presságio daquilo que ainda hei-de viver.

Será que valerá lutar por ela? Deduzo que sim, ela é só uma, curta de boémia mas, longa de sacrifícios e lutas para obtenção de um bem-estar melhor. Algo que não obtemos facilmente pois os seus caminhos são tortos e incompreensíveis.

Se vivemos, por alguma razão é. Temos de aproveitar a vida ajuizadamente senão consumimo-la até ao seu fim, cedo. Mas, isto sabendo que não é fácil percorrê-la, volta e meia prega-nos partidas e diversos e inesperados percalços surgem à nossa frente, por isso nos devemos sentir honrados de a possuir, porque alguém teve de ir para nos dar lugar.

Só me resta perguntar, terá a Vida uma vida finita?