É irónico (não me matem!) que a guerra no sector da educação seja uma tremenda falta de educação.
Devo afirmar o modo como eu não procrastinei em demasia a edição deste texto, pois repare-se como, sim o texto foi protelado, mas surge numa altura em que o adiamento não é demasiado e portanto este texto ainda tem algum valor, mesmo que não valha nada.
A passada semana foi deveras estupenda para um crítico, porque ocorreram das mais diversas coisas cujos finais não resultaram em nada de especial, apenas em mais parvoíce. Pois veja-se a série de factos ocorridos: José Sócrates por duas vezes apresentou depoimentos em glorificação da sua excelente prestação em auxílio do desenvolvimento tecnológico deste país, Manuela Ferreira Leite foi crucificada por ironizar (portanto, eu já devo estar morto mas ainda não dei conta), Portugal teve excelentes e péssimas prestações futebolísticas, a UE afirmou que o pior ministro das finanças é português (até que enfim que há um português homenageado por algo que realmente fez…) e descobriu-se que a Guerra Fria ao pé da guerra na educação, que opõe Maria de Lurdes Rodrigues aos professores e alunos, é uma pena num sovaco.
O nosso primeiro-ministro fez dois depoimentos que eu acho que merecem realce, um relativo ao plano tecnológico, e outro relativo a um acordo entre o nosso governo e a Renault – Nissan.
Em relação ao depoimento do plano tecnológico, José Sócrates glorificou o modo como foi feito um acordo entre o estado e as redes de telecomunicações de modo que qualquer aluno possa usufruir de um computador e internet, mas na verdade, este depoimento tem outro significado, e o que Sócrates queria dizer era: “Crianças, adolescentes e meninos. Eu dou-vos computadores, desde que os paguem, a relativo baixo custo. Agora digam aos papás para votarem em mim.”
Já no segundo depoimento, disse que o carro eléctrico desenvolvido pela Renault – Nissan será comercializado primeiramente em Portugal, e reafirmou que este é mais um investimento no desenvolvimento tecnológico português. Sendo assim, Portugal desenvolve-se tecnologicamente com tecnologia dos outros países, ou seja, nós desenvolvemo-nos desde que os outros países estejam mais avançados que nós nesta área. É com certeza, uma estratégia muito inteligente!
O comentário de Manuela Ferreira Leite, se calhar não foi muito feliz, mas se ela não pode ironizar de vez em quando, começo-me a preocupar com a minha saúde. Não digo isto por ser fã da Manuela, aliás eu nem gosto de carne mal passada…
Quero apresentar os meus parabéns a Teixeira dos Santos, os jogos olímpicos não nos correram bem, mas Teixeira provou que está a treinar-se muito bem para os jogos de Londres, ao arrecadar a medalha de ouro de pior ministro das finanças da EU. Rejubilem! Vamos tentar o bronze no mundo! Força Teixeira!
Os nossos Sub-21 de futebol conseguiram fugir à maré de azar e de péssima exibição ao derrotarem a Espanha por 4-1! Resta perguntar, se o conseguiram frente à Espanha, porque não conseguiram frente à Irlanda? Deve ser a pressão…
Também a selecção do Professor Queiroz está em destaque por ter conseguido melhorar as suas derrotas, a última tinha sido um aborrecido 3-2 frente à Dinamarca, agora obtiveram uma espectacular derrota por 6-2 frente ao Brasil! De certeza que estamos todos mais descontraídos, pois os nossos jogadores já melhoraram um factor, agora perdem como deve ser…
É irónico (não me matem!) que a guerra no sector da educação seja uma tremenda falta de educação, porque ninguém se respeita. A ministra quer fazer da educação uma ditadura, os alunos mandam-lhe ovos e os professores não obedecem às suas regras.
Penso que este tema é merecedor de um debate em que a ministra seja defendida por Rui Santos, visto que, cada vez que a ministra afirma algo, os professores e os alunos contra-afirmam: “Ai, ai, ai! Que não pode ser!”
E que tal se esta batalha da educação fosse antes um concurso de Misses, as declarações das concorrentes seriam a favor da paz?
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